segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Catacumba com milhares de múmias de cachorros é escavada em Saqqara










Uma equipe de exploração arqueológica que conta com o auxílio da National Geographicestá pesquisando milhões de múmias de cachorros em uma catacumba do Egito. 


Os corpos possuem cerca de 2 500 anos de idade e foram encontrados um século atrás, mas somente agora estão sendo examinadas de forma apropriada.


A descoberta ocorreu na necrópole de Saqqara, embaixo de um templo dedicado para o deus Anúbis. Por serem restos de canídeos (onde os cães são a maioria entre chacais e raposas) a crença dos arqueólogos é que os animais foram oferecidos ao deus. Além de canídeos foram encontrados Icneumômes (Herpestes ichneumon), também chamados de “Rato-de-faraó”.


As múmias foram encontradas sobrepostas umas às outras e a estimativa é de que existam cerca de 8 milhões delas. 


A equipe responsável pelo trabalho acredita que os cães eram advindos de uma fazenda sob a responsabilidade dos sacerdotes de Anúbis, onde foram criados para serem vendidos aos peregrinos interessados em ofertá-los para o deus.


Os corpos já analisados demonstram que eles possuíam tamanhos e idades diferentes, tendo alguns morrido com poucos dias ou horas de vida. Com este trabalho espera-se saber como estes animais faleceram e detalhes sobre a vida deles.


A pesquisa está sob a coordenação de Paul Nicholson, da Universidade de Cardiff (Reino Unido) e conta com a participação de Salima Ikram, da Universidade Americana do Cairo (Egito).




sábado, 21 de janeiro de 2012

Artefatos arqueológicos questionam diáspora da humanidade pelo planeta


Existe quase um consenso, entre os arqueólogos, de que o Homo sapiens surgiu na África, entre 200 mil e 100 mil anos atrás.
A maioria dos cientistas aceita que o início da diáspora foi pela costa do continente, local por onde chegariam até a península arábica. Mas uma série de descobertas arqueológicas pode redefinir essa visão.
Pesquisadores da Universidade de Birmingham (Inglaterra) descobriram artefatos de pedra em mais de cem sítios arqueológicos no Omã, país localizado a sudeste da Arábia Saudita.
Estes objetos, segundo estimativas, datam de pelo menos 100 mil anos atrás, período no qual não deveria haver (segundo as teorias que prevalecem hoje) nenhum agrupamento humano fixo longe do litoral.
Essa descoberta muda a ideia de como os primitivos africanos teriam saído do continente pela primeira vez.
Com essa descoberta, admite-se que talvez eles tenham migrado pelas quentes e áridas regiões do interior do norte africano e da península arábica, e não pelas áreas mais amenas da costa.
Eles explicam que essa teoria sempre foi mais aceita por ser mais lógica, mas não há reais evidências arqueológicas disso.
Os artefatos teriam pertencido aos núbios, povo que originalmente habitava regiões próximas ao rio Nilo, no Egito.

A partir de uma técnica que envolve radiação, conhecida como Luminescência Ótica Estimulada (OSL, na sigla em inglês), os artefatos foram datados com cerca de 106 mil anos de idade. A descoberta levanta um mistério sobre a trajetória dos humanos através do continente.




Fonte:
Hypescienc

Encontrada na Austrália arma usada por Portugal há 500 anos


Um pequeno canhão pedreiro de 500 anos e de suposta origem portuguesa foi achado na Austrália, informou na terça-feira a imprensa local.
A descoberta aconteceu em janeiro de 2010 por Christopher, um garoto de 13 anos, em uma praia do norte da Austrália, mas a origem da bomba ainda não foi confirmada.
O artefato, que tem o tamanho de uma espingarda, era manuseado por um só homem nos navios portugueses do século 16.
A mãe do garoto, Barbara, informou ao Museu de Darwin sobre o achado, porém foi só nas últimas semanas que a instituição recolheu o objeto para estudo.
Portugal ocupou o Timor, no Sudeste Asiático, entre 1515 e 1975, mas a possibilidade de os exploradores lusos terem passado no início do século 16 pela costa norte australiana ainda não foi descartada.
Os cientistas precisam comprovar a autenticidade da peça, o vínculo que teria com o local onde foi descoberto e a provável visita dos portugueses à costa australiana no século 16.
As outras hipóteses são que a máquina tenha sido levada pela maré até esse local ou que tenha sido deixada por comerciantes no século 19.
O contato mais antigo que os europeus tiveram com a Austrália data de 1606, com a embarcação holandesa Duyfken (Pomba Branca) sob o comando de Willen Jansz, mas foi em 1770 que o capitão James Cook reivindicou a costa oriental da Austrália para a Coroa Britânica com o pretexto de declará-la previamente "terra nullius" (terra de ninguém).
O "Duyfken" partiu em 1606 da Indonésia em busca de ouro e especiarias na Nova Guiné, passou pelas ilhas papuanas e chegou sem saber, segundo a história contada pelo explorador Matthew Flinders, a um novo continente em março daquele ano.
Meses depois, o navegante espanhol Pedro Fernandes de Queirós chegou às costas australianas batizando de "Austrália do Espírito Santo" às ilhas do atual estado de Vanuatu, pensando ter encontrado a "Terra australis" que o europeus intuíam desde a antiguidade.
A expedição de Fernandes de Queirós retornou ao México, mas um de seus comandantes, o espanhol Luís Vaz de Torres, continuou a viagem e atravessou o estreito que hoje leva o seu nome, entre o norte da Austrália e a ilha de Papua Nova Guiné, antes de chegar ao arquipélago das Filipinas.

Fonte: Terra

Arqueólogos acham selo para marcar pão de 1.500 anos


Selo era usado para marcar o pão destribuído na comunidade judía na época do império bizantino, há 1.500 anos

Selo, encontrado no norte de Israel, era usado para marcar o pão destinado às comunidades judaicas da época.

Um grupo de arqueólogos israelenses encontrou em Acre, no norte do país, um selo com forma de candelabro utilizado para marcar o pão há mais de 1.500 anos, informou nesta terça-feira a Direção de Antiguidades de Israel em comunicado.
O selo, de pequeno tamanho e feito de cerâmica, deixava sobre a superfície do pão a figura de um candelabro de sete braços como o utilizado no segundo Templo de Jerusalém. Esta era uma forma de marcar o pão destinado às comunidades judaicas da época que viviam sob o Império Bizantino.
"Esta é a primeira vez que um selo deste tipo é achado em uma escavação científica controlada, o que torna possível determinar sua origem e sua data", afirmou Danny Syon, um dos diretores da escavação em um povoado rural aos arredores de Acre, cidade notoriamente cristã naquela época.
Segundo os arqueólogos, o achado demonstra que os judeus viviam na região e que o pão era marcado para enviá-lo aos que residiam dentro da cidade, uma espécie do atualmente empregado selo "kosher" para produtos que respondem às estritas normas da cozinha judaica.
O costume também se assemelha ao dos cristãos da época, que marcavam seus pães com uma cruz. Em letras gregas, ao redor do selo judeu, está o que parece ser o nome do padeiro, "Launtius", comum entre a comunidade judaica da época.
David Amit, outro arqueólogo a cargo da escavação e especialista em selos de pão, explicou no comunicado que "o candelabro foi gravado no selo antes de colocá-lo no forno, e o nome do padeiro depois".




Fonte:
IG

Túmulo de cantora do Deus Amon-Rá é achado


Um grupo de arqueólogos suíços descobriu o túmulo de uma cantora do Deus Amon-Rá, da 22ª dinastia (712-945 a.c.), no Vale dos Reis na cidade de Luxor, a 600 quilômetros do Cairo, no Egito.

O Supremo Conselho de Antiguidades do Egito anunciou nesse domingo que o grupo encontrou o sarcófago durante trabalhos de escavações na região.

Os arqueólogos acharam ainda um muro onde o nome da cantora também aparece escrito.




Fonte:
Band

Pesquisador tenta desvendar maldição de 2 mil anos

Foto: Alexander Hollman via The New York Times
Um lado da tábua pede a prisão de Bábilas; o outro lado pede que a tábua seja derrubada em poço

Inscrição em tábua de chumbo encontrada em Antioquia invoca deuses para punir verdureiro.

Um vendedor de legumes chamado Bábilas foi alvo de uma maldição assustadora quase dois mil anos atrás.
Escrita em uma tábua de chumbo encontrada em Antioquia, uma das maiores cidades do Império Romano, a maldição invoca os deuses para afligir o desafortunado verdureiro e, em seguida, "afogar e congelar" sua alma.
A maldição é descrita no periódico alemão Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik ("Revista de Papirologia e Epigrafia") por Alexander Hollmann, classicista da Universidade de Washington que estuda magia grega e romana.
A maldição estava escrita em ambos os lados da tábua. Um lado convoca o deus Iao a prender Bábilas; o outro lado, que se reporta a vários deuses, pede que a tábua seja derrubada e "exterminada" em um poço - seguida, da mesma forma, por Bábilas.
"Isso também mostra onde ele vive", disse Hollmann. "Tudo é concebido para que os deuses saibam exatamente onde encontrá-lo".
Embora o autor da maldição não seja mencionado nos escritos, Hollmann levanta a hipótese de que ele possa ter sido um comerciante rival.
"Essa é uma maldição muito sério", disse ele. "E temos outras evidências de que esse tipo de prática continuou".
A tábua foi encontrada em um poço na década de 1930, provavelmente a mesma época em que foi jogada dentro dele. Desde então, juntamente com muitos outros itens escavados em Antioquia, que fica perto da fronteira da Turquia com a Síria, a tábua está sob os auspícios do Museu de Arte da Universidade Princeton.
Tábuas com maldições, como essa, apareceram em Roma, em Cartago, na África e em toda a região do Mediterrâneo antigo, contou Hollmann, que já decifrou outra semelhante, vinda de Antioquia, e está trabalhando em outras seis.
"Elas são bastante parecidas porque os profissionais usavam livros mágicos que circulavam", disse ele. "Eles tinham modelos que foram usados por centenas de anos".


Fonte: IG

Pesquisadores descobrem tesouro maia em gruta no México




Cavernas submersas têm ossos de homens e animais com 12 mil anos de antiguidade.

Debaixo de um território que guarda inúmeras pirâmides e histórias milenares, pesquisadores mexicanos descobriram um novo tesouro arqueológico: em uma caverna submersa em Yucatán, no sudeste do México, eles encontraram, pela primeira, vez cinco crânios completos e mandíbulas de ursos semelhantes aos de uma espécie já extinta na América há 12 mil anos e desconhecida na região onde foi achada, além de seis restos ósseos humanos que poderiam ter a mesma antiguidade.
— O material foi encontrado em alto estado de preservação e pode nos ajudar a conhecer melhor a história de Yucatán. Os restos humanos poderiam estar relacionados aos ossos dos ursos encontrados, o que seria incrível. Mas não podemos descartar que fossem maias que chegaram à região muitos anos depois — explicou ao GLOBO o arqueólogo Guillermo de Anda, da Universidade Autônoma de Yucatán.
A probabilidade de que tenham sido maias pré-hispânicos ganha força porque, no mesmo lugar, de 50 metros de profundidade, foi encontrada ainda uma oferenda com ossos humanos que os especialistas acreditam ter sido depositada ali pelos indígenas da região entre os séculos IX e X, quando o nível da água dentro da caverna era muito mais baixo.
A previsão é que, até o fim do ano, seja divulgada uma data mais esclarecedora sobre o material humano encontrado.
Mas o arqueólogo adianta que, caso se comprove que eram maias e não homens contemporâneos, o fato em nada desmerece a importância das cavernas submersas para a pesquisa de uma área em expansão no país, a arqueologia subaquática (um vídeo pode ser visto em http://youtu.be/96a9M8kYukE).
— Os cenotes, como chamamos, são verdadeiros laboratórios naturais. Trata-se de um ambiente homogêneo cuja condição de temperatura, composição química da água, nível de musgo e ausência de luz, durante milhares de anos, faz com que o material depositado ali se estabilize e seja preservado — esclarece De Anda. — Esse é um mundo debaixo da terra que sustentou uma população maia de cerca de três milhões de pessoas, graças a esse manto freático.
Na caverna submersa, entre Sotuta e Homun, em Yucatán, também se podem observar com facilidade as marcas nas paredes dos diferentes níveis de água no local até o século X, o que pode ajudar os especialistas a entender as mudanças climáticas ocorridas na região.
— Estamos encontrando elementos que comprovam os períodos de grandes secas dos séculos VIII, IX e X de que nos falam fontes históricas. E, pela primeira vez, estudamos essas mudanças a partir do próprio material arqueológico — diz De Anda, em referência também à cerâmica maia que foi encontrada na caverna e cuja origem seria os séculos IX e X.
Perto dali, em cavernas submersas de Quintana Roo, pesquisadores também relataram a descoberta de ossos humanos e restos de outros animais da fauna da época plistocena e que foram depositados ali quando a cavidade ainda estaria seca, há milhares de anos.
O material foi encontrado a profundidades entre 42 e 60 metros, similares às das cavernas inundadas de Yucatán.
Agora o desafio é elaborar uma metodologia que aponte com precisão o período a que corresponde cada marca de nível de água.
O estudo dessas variações vai permitir entender como elas modificaram a geografia da região que não poderiam ser obtidas na superfície.


Fonte: O Globo Online